Jantar - Parte II

Não resisti e coloquei a mão em cima dos abdominais dele, não era de mim mas estava quente e as pessoas bêbedas agem sem pensar, agem por instinto. Ele colocou as suas mãos na minha cintura e puxou-me para perto dele, colocou suavemente uma mão na minha face e outra nas minhas costas . Deixei a minha mão cair sobre os seus abdominais e coloquei a outra na sua cara. Os nossos lábios aproximavam-se e ficavam poucos centímetros de distância.
-Não o faças. – Supliquei baixinho.
-Eu quero, vai-me dizer que também não quer?
Fiquei sem resposta, eu queria mas sabia que era um erro. A verdade é que deixei-me levar, o desejo era mais forte que o pensamento. Senti os meus lábios a tocarem levemente nos dele mas depois ficou tudo muito mais intenso. Os beijos eram mais fortes, sentia as mãos dele a puxarem pela minha camisola, não disse que não e levantei os braços para ajuda-lo. Ele puxou a minha camisola e retirou-a. Fiquei em soutien à frente do David, ele olhava para mim como um lobo faminto, os beijos continuavam, não havia maneira de parar. As mãos grandes e frias de David percorriam as minhas costas, ele beijava-me e descia até ao meu pescoço. Sentia arrepios por toda a minha espinha, não conseguia evitar.
-Está com frio? – sussurrou David.
-Não, está calor a mais.
As minhas mãos desceram pelo peito dele, sentiram novamente os abdominais e foram directas ao cinto. Desapertei-o e ele ajudou-me a retira-lo, voltei a desapertar mas desta vez as calças, mais uma vez ele ajudou-me a retira-las. Os movimentos eram mais rápidos e pareciam um pouco desesperados. Quanto mais depressa mais devagar. Eu tremia mas não era de nervosismo, ele era exactamente a mesma coisa.  Agarrou-me nas costas e eu saltei para cima dele, coloquei as minhas pernas em volta das costas dele e ele sentou-se na cama. Os beijos eram cada vez mais tensos, numa brincadeira trinquei os lábios dele. O que foi uma brincadeira passava agora a ser um jogo de erotismo. Ele sorriu e começou a beijar o meu pescoço até que parou e deu um chupão no meu pescoço. Tu aquilo me agradava e naquele momento não queria parar. Soltava pequenos gemidos, era tudo o que podia fazer. Quando parou, olhou para o sitio onde esteve a brincar e viu que estava vermelho, soltou um pequeno sorriso.
-Isso vai ficar bonito…
-Não penses que te escapas.
Fiz a mesma coisa que ele me fez, senti ele a tremer. Olhei para ver se estava vermelho e estava, um vermelho forte. Como ele tinha dito, ia ficar bonito. Ele afastou-me e começou a desabotoar os botões das minhas calças, levantei-me para ajuda-lo. Ele devagar retirou as minhas calças. Estava com uma tanga preta e um soutien vermelho, o soutien de facto o que eu mais gostava. Ele continuava com as suas brincadeiras e dava-me leves beijos na barriga. Seguia para cima e para baixo no meu abdomen. Senti os lábios dele a chegar ao meu soutien em pequenos beijos, as suas mãos percorriam a minha cintura tentado-me agarrar (não iria fugir para lado nenhum de todas as maneiras). Agora tudo se tornava mais sério, as mãos dele subiam pelas minhas costas, ele sentou-se e eu voltei a sentar-me em cima dele. As mãos dele chegaram ao meu soutien e ele desapertou, só com uma mão.
-E eu a pensar que eras santinho.
-Como é?
-Nada.
Agarrei na face dele, empurrei-a para trás e beijei-o, a conversa já me estava a enjoar. Ele retirou as alças do meu soutien lentamente. Quando o tinha nas suas mãos mandou-o para trás das costas, não resisti a sorrir quando vi a cara dele satisfeito ao atirar o soutien para trás. Adorava as mãos de David, eram grandes e qualquer mulher gostava disso num homem. Um homem com mãos grandes tornava tudo muito melhor. As mãos dele faziam um vaivém nas minhas costas  enquanto nós continuavamos numa maratona de beijos até que pararam junto do sitio onde desapertou o soutien. Puxou-me novamente para si deitamo-nos na cama, eu por cima dele. Beijava-o no pescoço, na face, nos lábios, no peito. Tentava encontrar algum defeito naquele corpo mas não conseguia. Ele agarrou em mim e ficamos sentados, na posição inicial. Ele estava sentado com as penas cruzadas e eu em cima das pernas dele, começou por me dar beijos na cara, de seguida desceu para o pescoço chegou finalmente ao meu peito. As suas mãos foram ao encontro aos meus seios e começou a fazer carícias, beijou-o e até mordiscou algumas vezes. Eu divagava entre suspiros e gemidos. Certas vezes ele magoava-me mas dava-me um certo gosto, chamem-me de masoquista mas é verdade. Variadas vezes, quando ele fazia isso, mordia o meu lábio, tentando controlar. As mãos dele chegavam à minha tanga, já não conseguia mais. Empurrei-o para trás e fiquei em cima dele. Comecei por lhe beijar a boca com as minhas duas mãos na cara dele e fui descendo, descendo, pelo pescoço, peito, abdominais. Algo tomava posse de mim, um calor interior, uma vontade enorme de agir sem pensar, de me atirar de cabeça.
-Ó Meu Deus!