terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Parte II - Consciência/Inconsciência


"Sei onde vives, sei os teus rituais. São quase sete da tarde, estás a tomar banho. Às oito horas sais de casa, deves ir ter com algum colega do Benfica e vão jantar juntos. Tal como fazias no início de tudo."

Pensava, cheia de medo, à porta de David.

"Não, vou-me embora. Não lhe posso fazer isto... Já chega Maria, vais ali e dizes-lhe toda a verdade. Dizes que foste egocêntrica, com a mania da importância. Dizes que fizeste sexo com alguém apaixonado por ti, dizes que....".

Sentia-me quase a explodir, não aguentei mais e dei um forte grito à porta de David. A seguir, as lágrimas escorreram-me a cara, como o meu corpo desceu encostado à porta da pessoa que mais amava. David, veio à porta logo a seguir. Os cabelos estavam molhados, o corpo húmido, a toalha enrolada à cintura. Conhecia-o tão bem e isso bastava-me.
-Maria... - As lágrimas pararam, eu levantei-me e não sei porquê, a raiva deixada nos últimos anos libertou-se.
-Cala-te! Vais-me ouvir e vais estar calado, percebeste? Entra dentro de casa! - David, pasmado, continuava à porta. Sem me importar mais, entrei e andei até à sala. Nada mudara  Os móveis eram iguais e colocados no mesmo sítio. - Mentiste-me. Ela não está grávida.
-Como...
-Ouve-me! Porque me disseste que ela estava grávida se ela não está e nem sequer está contigo? Ontem, depois de nós termos estado juntos, encontrei-me com um velho amigo. Ele ouviu-me, percebeu-me. Ele era lindo e rico. Ele disse-me que eu era a mulher da vida dele. Nós bebemos, nós usamos drogas -
David, revirou os homens para o chão. Não queria ouvir mais, cada palavra que dizia, era uma facada para ele e o pior, estava para vir. - Nós fizemos sexo. Tudo isto para quê? Para esquecer-te. Fui egocêntrica, abandonei-te. Queria a minha vida mas perdia, sabes porquê? Tu és a minha vida. E se alguma vez isso mudar, será por uma excelente notícia. Quer dizer que tenho filhos teus. Amo-te, ontem, hoje e amanhã. Necessito de ti. - As lágrimas caiam-me pelos olhos. - E tu, meu menino, não vais fazer joguinhos comigo. Eu quero-te e se tu me quiseres, diz-me agora e aqui. Quero esquecer o passado e iniciar um novo caminho. Por favor, diz-me a verdade. 
David, finalmente olha para mim. Os olhos dele estavam vermelhos, as mãos passavam pela cara e apercebi-me que ele não sabia o que dizer. Foi aí que algo surpreendente aconteceu. David não me havia respondido, mas agiu. Veio em minha direcção, agarrou-me pela cintura descendo as suas mãos rapidamente pelas minhas calças de ganga. A seguir, senti um puxão para cima e as minhas pernas entrelaçaram no corpo dele. Não me tinha dito nada, não me tinha beijado mas algo mais intenso que palavras e beijos tinha-nos aproximado. A toalha dele tinha caído no chão, estava todo nu e eu percebi que isto tinha que ser tratado assim mesmo, a nú. Mal despi a camisola, um leve sorriso apareceu na cara de David mas ele continuo sem dizer nada. Levou-me para o quarto e aí, encontrei uma pessoa diferente. Atirou-me para a sua cama grande e sem pedir ou dizer algo, começou-me a despir, mas como nunca tinha feita. De facto, era de forma violente. Retirou-me as calças e as minhas pequenas cuecas brancas, num só movimento. O seu pénis estava erecto e a única coisa que restava no meu corpo era o soutien. Arrancou-o de forma impetuosa e a seguir, deitou-se em cima do meu corpo.
-Durante este tempo todo, te esperei. Uma chamada, uma mensagem, a porra de uma visita. Nada. Você não queria saber. Arranjei uma mulher que me dava o que eu queria, em troca do que ela queria. Dinheiro.Voltei porque estou mais velho e sem paciência para gastar mais dinheiro numa pessoa que não vale a pena. Penso que tudo já passou, que já não te amo mas não. Assim que te vi, você me pôs fora de mim. Preciso de você como você precisa de mim, mas será que está crescida o suficiente? Não me vai abandonar mais? 
Não lhe disse nada e beijei-o. A minha língua entrelaçou na dele e uma conexão fez-se despertar logo. As minhas mãos passaram pela sua face, as suas costas e finalmente ao pénis duro. Encaminhei-o para a minha vagina. Sentia bem molhada e assim tornou-se fácil a penetração de David. Ao contrário de Pedro, eu estava desejosa de estar outra vez com ele, na mesma cama, com o seu corpo a pressionar o meu, com os seus lábios a chupar os meus seios e com a sua língua a deixar-me cada vez mais louca. Ao fim de mais de meia hora, David veio-se dentro de mim, num gesto não de simples sexo mas de amor cheio de saudade, raiva pelo tempo perdido e esperança de anos de amor. O problema é que, não tomava a pílula à um mês e o meu sexo com Pedro tinha sido com preservativo, mas não me importei, nem vacilei. Encostei-me ao peito  dele, onde ouvi baixinho. "Te amo, Maria.". Olhei-o nos olhos e aquela imagem irá sempre ficar-me na cabeça. Estava, finalmente, com o homem que amava.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Desculpem meninas, este blogue estava inactivo (nem sei porquê). Hoje, lanço novo capítulo! Beijinhos!

terça-feira, 29 de novembro de 2011

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Aviso

Caras leitoras,
 por motivos de saúde, a fan fic encontra-se interrompida. Peço imensa desculpa mas não consigo desenvolve-la enquanto esta situação continuar.
Espero que compreendam, obrigada.