sábado, 25 de dezembro de 2010

"Boa Sorte!"


-Eu ainda nem acredito que tu estiveste tão próxima de ficar ligada para sempre ao David Luiz.
-Ligada para sempre? Ó meu Deus, piora a cada dia. Já não chegou massacrares-me nos últimos 5 dias?

(Resumo dos últimos 5 dias:
Matilde a chatear-me sobre não ter ficado com o número do David, ensaios, informar a minha mãe que tinha terminado a minha relação com Diogo, telefonemas de Diogo, Matilde a chatear-me e mais ensaios. Uma boa semana não?)

-Não, não chegou. Como é possível!
-Matilde, já tivemos esta conversa, já chega.
-Ele estava interessado em ti!
-E tu viste isso onde? Num jantar?
-Podias ao menos ter ficado com o número dele. Tu não sabes o que eu vi, aquela intensidade no olhar, aquela química.
-Boa.
-Tem calma, o concerto vai correr bem. Agora com o David…
-Achas que eu quero ter alguma Coisa com o David?
-Diz-me tu.
-Não quero.
-Casmurra.
-Vamos para o restaurante?
-Sim, olha e quais são as músicas que vão tocar?
-Segredo dos Deus amiga.
-Nem à tua melhor amiga contas?
-Não. A ninguém. Vai ser uma surpresa!
-Está bem, está bem. Só uma!!!
-Não.
-Vá lá!
-Não…

Restaurante “Isabelinha”:

-Só uma Maria! Por favor!! – Matilde fazia um beicinho e olhava-me com os seus grandes olhos pretos, sim, pretos. Por mais incrível que parecesse ela era capaz de ter os olhos mais lindos do mundo e pretos.
-Zeca! Salva-me!
-Matilde já chega. Ainda bem que chegaste Maria, precisamos de ver o som. Afinal de contas, isto vai ser o nosso primeiro concerto e tem que ser o melhor!
-Claro.
Depois de mais de meia hora a verificar o som, guitarras e baterias já estavam prontas, só faltava a voz. Os aparelhos não eram modernos, mas eram bons. Segundo Zeca, com estes era mais fácil de trabalhar, não tinha muitos botões. Terminado o “sound-check”, fomos jantar, juntamente com Matilde que não parou de perguntar quais eram as músicas que íamos tocar. Todos estavam nervosos pelo concerto, menos eu. Sempre fui muito descontraída, nunca senti muito nervosismo, só em algumas ocasiões. Quando me encontrei com Diogo pela primeira vez estava muito nervosa, parte de mim já sabia que íamos ter uma relação. Zeca, Mateus e Filipe estavam nervosos, acho que não confiavam em mim ou talvez eram mesmo nervosos. A verdade é que ia ser o nosso primeiro concerto e havia duas opções, ou o concerto corria muito bem ou então era um desastre. Íamos actuar as nove horas, quando estava mais pessoas no restaurante, até lá tinha que aturar Matilde e as suas perguntas persistentes.
-Maria, prepara-te, vamos entrar em palco daqui a 5 minutos.
-Está bem, vou já. – respondia  Zeca – É agora Matilde, é agora.
-Tem calma.
-Eu estou calma, mas tenho medo que não corra bem, pode ser negativo para a banda e para o restaurante.
-Não te preocupes com isso, vai correr muito bem, vais ver!
-Espero que sim.
-Vai amiga, eu vou para a sala. Boa sorte.
-Vou necessitar.
Embora estivesse calma, ver Zeca a andar de um lado para o outro deixava-me empolgada.
-Estão muitas pessoas?
-A sala está cheia.
-Uí… Vocês nem imaginam quem está na sala! – interrompia Mateus aquele ambiente pesado.
-Quem?
-Apenas o Rúben Amorim e o David Luiz.
-O quê?! – nem queria acreditar. Não podia acreditar que o David tinha vindo ao concerto. Algo nele me incomodava, não sabia o quê mas incomodava-me.
-Maria, não vais ficar nervosa agora pois não?
-Eu não estou nervosa. Quem? Eu? Nunca. Sabes que não sou assim!
-Talvez a Matilde tenha razão.
-Só podes estar a gozar? Tu também? Ouve, eu acabei com o homem da minha vida à menos de uma semana. Não vou querer outro durante os próximos anos.
-Maria, segue com a tua vida. Não era o homem da tua vida, o homem da tua vida não te traía. Tens que seguir em frente e esquecer esse gajo. Eu sei que o amavas e que continuas a  amar mas ele não te merece, nem ontem, nem hoje, nem amanhã.
Não entendi a reacção de Zeca, depois de ter dito aquilo afastou-se e foi sentar-se numa cadeira, nem me deixou responder. Zeca era protector, eu e a Matilde éramos quase como as meninas dele, se por acaso algo nos acontecesse, Zeca defendia-nos.
-Bem, está na hora. Vamos tocar ou não? – Perguntava Filipe, que interrompia o silêncio na sala.
-Claro, então vamos lá. Juntem-se todos. Vamos fazer o nosso grito. - Juntamo-nos e fizemos uma rodinha. – Prontos? Um, dois, três, MARIA!
Últimos preparos e entramos dentro de palco. Era agora que íamos receber o feedback do público.



5 comentários:

  1. Gosto do novo visual, e do capitulo também!

    Quero é mais, estou cada vez mais ansiosa pelo desenrolar desta fic.

    Beijão.

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  2. quero mais...

    tou muito curiosa para ver os proximos capitulos...

    continua...

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  3. Gosto da tua fic e também gostei do novo capítulo!!

    Parabéns e continua

    Beijinhos

    Ahh e posta mais sff

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  4. epá epá epá, quero o concerto! :)
    ADORO ADORO ADORO ! :D

    Beijinhos*

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