segunda-feira, 7 de março de 2011

Fevereiro - Parte II


-O que é que eu faço Tiago!!? O que é que eu faço? – Estava nervosa, irritada e eram seis da tarde. Estava com Tiago na nova casa dele, alugada. Tinha passado pouco mais de uma semana desde que o David contou à sua família e agora, o cerco apertava. Era complicado assim, não sabia bem o que fazer.

Acordei cedo, tinha que ir trabalhar e ainda me estava a preparar psicologicamente para ouvir Raquel a perguntar tudo sobre a minha relação com David.
-Bom dia Zeca.
-Bom dia, olha vou para os teus lados, queres boleia?
-E se quero.
-Então despacha-te, já estou atrasado.
Agarrei num bolo que a Matilde tinha trazido do restaurante da mãe logo de manhã e fui com Zeca. Ele começou logo a disparatar que os bolos de manhã faziam mal à nossa saúde. Depois do dia que iria ter, eu precisava de uma pastelaria inteira para animar-me. Quando cheguei à minha linda secção, a porta já estava aberta. Devia de estar a sonhar mas não, Raquel até tinha feito o esforço de aparecer mais cedo nesse dia.
-Bom dia.
-Olá Maria. Então, como estás? – Claro, dá graxa que eu dou brilho. Nunca antes me tinha perguntado tal coisa.
-Estou óptima – respondi um pouco surpreendida – e tu, como estás?
-Perfeita! Então e tu e o David Luiz… Não sabia! – “E por mim nunca irias saber, foi só um acidente de percurso”, pensei.
-É.
-Então e como é que ele é?
-Como é que ele é?
-Sim… Se te compra muitas coisas, te faz muitas surpresas. Afinal de contas, ele é o David Luiz!!
-Não, ele não é o David Luiz. O meu namorado chama-se David, tem 23 anos e é brasileiro. É um rapaz espectacular, trabalha para ganhar o seu dinheiro e não o gasta todo em mim como todos os homens racionais neste mundo. Satisfeita? – Pronto, não consegui resistir. A voz cínica dela, a cara interessada como se a seguir fosse espalhar por todo o lado. Tinha que dizer o que sentia e era isso mesmo que sentia. David não era “David Luiz”. Era como o Fernando Pessoa, tinha heterónimos mas ninguém parecia compreender que o homem que amava era o David, não a personagem”David Luiz” que entrava todos os fins-de-semana em cena.
-Tem calma… Era uma perguntinha, nada demais. Mas olha… - Agora sim, devia de vir a intimidação – Prepara-te porque os jogadores de futebol são muito instáveis e mudam de namorada como mudam de boxers. Deves estar preparada para perdoa-lo muitas vezes.
-Não será necessário, Raquel.
            Passado o dia de trabalho, fui ter com David. Contei-lhe o que se tinha passado e ele ria-se de todo o meu desespero e irritação.
-Como é que tu achas graça a isto?
Eu não achava graça nenhuma mas David não resistia a dar umas boas risadas. Acabei por ficar um pouco amuada e sentei-me no sofá de braços cruzados. Ele pediu-me desculpas e para que não ficasse assim, que ele nunca me iria fazer tal coisa como a Raquel disse.
-Eu sei, eu sei. Mas irrita-me a maneira como ela não te conhece e julga-te como uma pessoa traidora, ordinária, idiota. Irrita-me!
-Tem calma… Essa gente aprende um dia. Olha, falando agora de assunto mais importante, já pensou em contar aos seus pais?
-O quê?
-Você sabe, nós os dois…
-Ah… Isso… - Não pensei, nem sei se quero pensar – Não, ainda não pensei muito nisso.
-E quando é que vai contar?
-Aí David, não sei. Um dia talvez.
-Talvez? – Boa, conseguiste mexer com o David. Mal disse isto, afastou-se de mim impressionado com a minha resposta.
-Sim… Ainda é tudo muito recente.
-Maria, nós vamos fazer três meses não tarda, não é cedo não!
-Para mim ainda é um pouco.
-E com o Diogo? Fez quantos meses? – Odiava quando o David se punha com comparações. Não gostava mesmo, mas ele só utilizava as comparações em último caso e desta vez até eu compreendia.
-Um mês depois de nós…
-Vê?! É isso que não compreendo! Porque não posso ser apresentado aos seus pais? Porque sou brasileiro? Porque sou jogador de futebol? Porque sou brasileiro e jogador de futebol? Quando você está comigo, você tem que aceitar isso, eu sou brasileiro, eu sou jogador de futebol. Você diz que me adora, que quer ficar comigo mas não me parece. Não tarda começo a pensar que você está comigo por causa do meu dinheiro.
-Eu não acredito que tu disseste isso!
-É verdade, estou a ser sincero com você.
-Então queres que eu seja sincera contigo? Tenho medo da reacção do meu pai. Não por tu seres brasileiro, isso ele habitua-se mas ao facto de seres jogador de futebol. O meu pai não vai aceitar o facto de tu seres jogador de futebol. Ele vai dizer que só te queres aproveitar de mim e pronto, vou voltar a perde-lo e neste momento eu prefiro perder-te a ti do que a ele! – Quando dei por mim, tinha reparado que já estávamos os dois em pé a discutir alto. Mal disse a última frase, David olhou para o lado sem me conseguir olhar de frente. Eu pus a mão na boca, não queria dizer aquilo. Estava a reagir a quente, agarrei na minha mala e passei por David que continuava a não me dirigir a palavra, nem o olhar. Quando sai da casa dele, fui para um parque bem perto do sitio onde morava. Não era muito tarde e era bastante calmo. Já tinha ido com David para lá algumas vezes. Sentei-me no baloiço que havia lá e chorei, senti-me uma menina pequena que tinha perdido o boneco ou então que estava longe de casa. Senti o telemóvel a tremer, era David. Pensei em não atender mas não conseguir não falar com ele. Atendi e fiquei em silêncio.
-Maria? Onde é que você está?
-No parque ao pé da tua casa.
-Posso ir ter com você?
-Sabes bem que podes. – Ambos desligamos e ao fim de cinco minutos comecei a ver David. Quando chegou sentou-se no baloiço ao lado do meu e ficamos em silêncio alguns minutos.
-Desculpa.
-Maria, você não tem que pedir desculpa. Eu é que…
-Não, tenho sim. Não sei o que fazer David, essa é a verdade. Sei como é que o meu pai vai reagir e… Tenho medo de perde-lo outra vez. Não quero isso.
-Amor de pai é muito importante e eu compreendo isso.
-Mas o teu amor está-se a tornar ainda mais importante do que o amor de pai e isso está-me a deixar numa posição…
-Fazemos assim, você conta quando tiver preparada. Eu estarei sempre aqui, venha o que vier.
-Fica comigo apenas. – Demos as mãos e ficamos a baloiçar. Apercebemo-nos de uma coisa, a nossa relação a cada dia que passava tinha mais obstáculos mas nós iramos conseguir supera-los, a todos.
            No dia seguinte, o dia de trabalho foi mais calmo. David veio-me buscar, fez o almoço e tudo na casa dele, era um querido, fazia tudo por mim e deixava-me cada vez mais apaixonada por ele. Ouvi a porta a tocar.
-Amor, vai abrir a porta, vai?
-Ok, eu vou amor. – Mal abri a porta ia-me dando uma coisinha feia.
-Olá, você deve ser a Maria. Eu sou o Lucas e esta é a minha mulher, Regina. – Aí mãezinha do céu. As minhas mãos tremiam, os meus pés estavam imóveis, os meus joelhos pareciam querer fraquejar a qualquer momento. David veio logo que reconheceu a voz do pai.
-Pai! Como é que você está?! Mãe! – David abraçava os pais de forma carinhosa – Tenho que vos apresentar uma pessoa. Mãe, pai, esta é a Maria. A minha namorada. – Eu ainda tinha o pano de limpar a mesa na mão e estava meio boquiaberta. A mãe de David deu-me um beijinho na cara e o pai o mesmo, não conseguia dizer nada – Ela é assim, meio calada e tímida. Não fala muito não.
-Estou a ver que sim.. Vá moça, descontraía. Diga alguma coisa.
-Aí mãezinha do céu…
-Sim, isso pareceu-me certo Maria. – David ria-se que nem um perdido. Já devia de estar mais do que habituada. Depois de se recompor, David continuou o seu discurso. – Não houve problemas no avião ou a chegar cá?
-Não filho, foi tudo muito bom.
-Entrem… Fiquem como se fosse a nossa casa. – Afastei-me um pouco para os pais de David conseguirem entrar.
-Já almoçaram? – Perguntei timidamente.
-Não, comemos uma sandes no avião. - disse o pai de David.
-Então eu vou preparar alguma coisa para comerem, devem estar cheios de fome. As sandes que dão nas viagens de avião costumam ser horríveis.
-Sim, de facto aquilo parecia… - O pai de David foi interrompido pela dona Regina.
-Não é preciso minha querida. Nós estamos bem, não queremos dar trabalho.
-Dona Regina, não dão trabalho nenhum. Para além disso, devem estar cansadíssimos e cheios de saudades do David. Ficam na sala um pouco enquanto eu faço o almoço.
A Dona Regina acenou a cabeça e eu fui tratar do almoço, como não tinha muito tempo fiz uns bifinhos com cogumelos e natas. Quando acabei de fazer o almoço, despedi-me de David que ficou um bocado aborrecido por ter saído logo e dos pais de David. Fiquei um bocado embaraçada porque David beijou-me mesmo em frente dos pais, até soltei um “Olha lá…” para avisa-lo mas ele não se importou. O dia passou normalmente, já era rotina as visitas mas gostava daquilo que fazia. Era óbvio que não o queria fazer eternamente mas não era aborrecido como certos trabalhos. Adorava a interacção com o público mas num pequeno desabafo, estava ansiosa para voltar a estudar. Concluir o meu curso, arranjar o meu emprego e talvez quem sabe, juntar o útil ao agradável e trabalhar no Sport Lisboa e Benfica. Quando eram perto das cinco da tarde, David telefona-me.
-Amor, temos um problema…
-Que foi?
-Os meus pais… Eles querem um jantar de família.
-Família? Como assim família?
-Coisas da minha mãe… Já que está em Portugal quer conhecer a família toda.
-Incluindo os meus pais?
-Sim…
Acho que o mundo caiu aos meus pés, estava encostada num beco e só tinha uma opção, contar a verdade.
-Já não dá para a fugir… Eu vou… Eu vou falar com eles. O jantar pode ser amanhã?
-Claro meu amor, eles vão ficar cá um mês, pode ser quando você quiser.
Talvez daqui a um mês e um dia fosse o dia ideal para se fazer o almoço, bem… O David já tinha esperado o suficiente, era altura de contar tudo.
-Hoje eu vou jantar com os meus pais e conto tudo.
-Você vai mesmo?
-Vou sim. Prometo que vou.
Desligamos o telemóvel de forma carinhosa como já era ritual e falei de seguida com a minha mãe. Disse que o assunto era urgente e que era necessário juntar a família. Ela ficou preocupada, perguntou-me várias vezes se tive alguma recaída. Respondi-lhe alegremente que estava óptima e que o assunto era de alegria. Logo que deixamos de falar fui para único sítio onde me sentia bem, nos braços do meu irmão.

-O que é que eu faço Tiago!!? O que é que eu faço? – Estava nervosa, irritada e eram seis da tarde. Estava com Tiago na nova casa dele, alugada. Tinha passado pouco mais de uma semana desde que o David contou à sua família e agora, o cerco apertava. Era complicado assim, não sabia bem o que fazer.
-Tem calma maninha… Não é preciso estares assim.
-Tiago, lembraste de como tu reagiste?
-Sim, mas isso foi uma reacção a quente… E depois eu vi que vocês gostam realmente um do outro e…
-Ele vai matar-me, ele vai expulsar-me de casa novamente. Eu vou deixar de ser uma Duarte!
-Deixa-te de presságios!
-Não consigo, é a verdade. Apetece-me fugir, desaparecer…
-Maria, fugir aos problemas não é solução…
-Eu sei. – Respirei bem fundo como se estivesse a preparar-me para algo extremamente difícil. – Vamos a isto.
-Parece que vais enfrentar a morte.
-É parecido, afinal de contas vai ser o fim da Maria Duarte.
O meu irmão abanou a cabeça, já nem ele sabia o que dizer. De facto era um pouco idiota a minha afirmação mas o desespero era tal que já não sabia o que fazer.
            Quando chegamos à casa dos meus pais, cada passo que eu dava deixava-me com um enorme peso nas costas, cada vez maior.
-Filha!!
-Mãe..
-O que se passa? – O meu pai veio logo por trás. Olhou-me de cima a baixo e depois perguntou o mesmo que a minha mãe.
-Precisamos de falar. – Respondi. Sentamo-nos todos no sofá da sala e eu voltei a respirar fundo.
-Pai… Mãe… Amanhã eu queria-vos apresentar uma pessoa muito especial para mim… Eu queria..
-Novo namorado? – Perguntou a minha mãe.
-Sim mãe.
-Aí eu sabia! Vês?! Da maneira como ela andava, tão feliz e contente! Só podia ser um novo namorico. Quem é o rapaz filha? – A reacção da minha mãe foi boa, o meu pai continuava de braços cruzados e esboçava um sorriso amarelo.
-Bem… Ele é… Ele chama-se David, tem vinte e três anos e é uma excelente pessoa, vocês vão adorar conhece-lo.
-Aí que bom filha! Então e amanhã ele vem cá?
-Não, nós vamos jantar com ele e a sua família…
-Então e o que faz o rapaz da vida? – Tinha que ser, o meu pai só poderia fazer esta pergunta.
-Ele… Ele… - Engoli a seco e percebi que não era capaz de dizer mais nada.
-Ele é jogador de futebol do Benfica, pai.
-O quê?!
-Tiago!
-Que foi? Não ias dizer nada, tive que completar!
-O quê?! – repetia o meu pai.
-Eu não acredito nisto! – desabafei.
-Maria Duarte, tu namoras com um jogador de futebol? Mas tu não aprendes à primeira?! Não vês as revistas?
-Pai… Não é assim. O David é diferente.
-David… David Luiz!? O cabeludo?! O brasileiro!?
-Sim, mas…
-Maria Duarte, Maria Duarte! Tu és alguma burra?! Tudo o que eu te ensinei durante estes anos… Foram em vão! Esse rapaz só se vai aproveitar de ti e depois…
-E depois o quê pai?! E aproveitar de mim como?! Eu sou apenas uma rapariga que trabalha no Estádio da Luz a fazer visitas! Zero de dinheiro, zero de propriedades, zero de tudo! Ele não tem nada para se aproveitar de mim. Eu até sou um zero de saúde, pai! Posso estar bem hoje como posso morrer daqui a um mês! Ele de mim não tem nada que se aproveitar! E por favor, porque raio ele ia fazer isso e depois apresentar-me a mim, e não só a mim como a ti também à família dele?! Aos pais dele?!
O meu pai ficou em silêncio. Acho que fui demasiado bruta mas defendi o David com unhas e dentes, não podia deixar que ele nos separasse, ou então que a minha relação com o David fizesse afastar o meu pai de novo.
-Pai, desculpa… Mas a verdade é que… Eu amo o David, ele é o homem da minha vida e sabes como eu sempre fui cuidadosa com as palavras mas para descrever a minha relação com David não há melhor palavra do que “Amor”. Por favor, dá-lhe uma oportunidade… Conhece-o e vais ver que ele é uma excelente pessoa…
Mantivemo-nos em silêncio, mas aí o meu pai falou.
-Sabes que não gosto de julgar as pessoas sem as conhecer mas… Se esse David te fizer sofrer, não sei o que sou capaz de fazer Maria.
-Pai…
-Deixa-me acabar. Amanhã vamos jantar com a família do rapaz mas até mudarem a minha opinião eu sou contra este namoro. – As palavras causaram mossa e as lágrimas caiam, escorregavam pela minha face e acabavam por irem em encontro das minhas mãos que estavam apoiadas nas pernas. Tiago agarrou-se a mim, acho que nem ele estava à espera do que o meu pai me disse. Não consegui evitar e larguei-o, logo desapareci num ápice pela porta e fui de encontro com Matilde, que estava na sua casa. Uma boa amiga está presente em algumas ocasiões, a melhor amiga está presente sempre. Matilde estava sempre presente e sabia que iria estar sempre. Depois de me acalmar, Matilde falou-me que iria ser fácil o meu pai gostar  David, pela pessoa social e simples que ele era mas continuava nervosa. Deixei-me dormir no sofá e no dia seguinte acordei cheia de dores nas costas, era tarde já e tinha pouco tempo para me chegar ao Estádio. O dia passava mais uma vez mas desta vez sentia-me agoniada, todos os meus sorrisos eram amarelos e o sentimento era de angustia persistente. Às sete horas estava em casa, ainda não tinha falado com David todo o dia embora as mensagens dele e as chamadas não atendidas. Como era de esperar, pouco depois ele apareceu em casa de Matilde.
-O que se passa? – Perguntou-me mal abri a porta.
-Sabes o que é dizer pela primeira vez que te amo mas em vez de ser à tua frente ser à frente dos meus pais? – Ele abraçou-me, num abraço intenso e prolongado. Era isso que necessitava, do David e nada mais. Era ele o único que conseguia afastar todos os problemas.
-Eu amo você, já tinha dito isso hoje?
-Não, ainda não.
-Então fica sabendo que eu amo. Não se preocupa, vai correr tudo bem. Você precisa de se despachar, não vai de calcinha de ganga para o jantar, pois não?
-Não, não vou. Onde vamos jantar então?
-Bem, eu estive pensando e… Que tal o Isabelinha? - Fiquei feliz por ter ouvido aquelas palavras. David era assim, simples sem muitas complexidades.
-Acho óptimo.
-Bem amor, vou ter de ir. – Deu-me um beijo carinhoso, não o queria deixar partir mas tinha que ser.
-David… - Ele que já ia a descer as escadas voltou para trás – Eu amo-te.



Peço imensa a desculpa a demora. Não está grande coisa mas pronto, obrigada a quem lê e obrigada todo o apoio que tenho recebido. Beijinhos, Cat

3 comentários:

  1. Está tão lindo!
    Já tinha saudades destes capitulos +__+
    Quero saber como vai correr o jantar com os pais!
    Quero mais sim?!

    Beijinhos Inês**

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  2. Meu Deus...Que saudades da maneira como escreves!! O capitulo está Fantástico óh tola.

    Ai vem ai jantar de familia ^.^
    Estou curiosa para saber como vai correr!!
    Quero muito mais, e ai de ti que estejas outra vez tanto tempo sem publicar xD

    Beijinho* Catarina Sofia <3

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  3. Ai que saudades eu já tinha da tua fic, Catarina! :)
    E se isto é "não estar nada de especial" entao nem quero imaginar o que é estar! Adoro a maneira como escreves, e cada descrição. A relação entre eles é linda! Fico anciosa pelo jantar!
    Beijinhos ^^

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